Presidente do Banco Central elogiou os esforços do governo com a nova regra fiscal, mas ressaltou que não existe relação mecânica entre a política fiscal e a Selic

Sergio LIMA / AFPRoberto Campos Neto com semblante sério
Anteriormente, o presidente do BC alegou que considerou o modelo ‘bastante razoável’ 
Mesmo tendo sido alvo de críticas do governo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou o trabalho da gestão na elaboração do novo arcabouço fiscal. Ele afirmou que a medida proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dará fim a trajetória explosiva da dívida pública, mas que somente isso não será suficiente para garantir a queda dos juros no país. “Reconhecemos o esforço. Vamos observar como será o processo de aprovação no Congresso. Mas para quem tinha esse risco de cauda precificado, de trajetória de dívida descoordenada, isso foi eliminado”, garantiu. Campos Netos reforçou que não existe relação mecânica entre a política fiscal e taxa de juros. Por isso, ainda que o Banco Central acompanhe como o esforços impactam as expectativas de inflação, isso não significa necessariamente a redução do processo inflacionário.