Aloizio Mercadante aproveitou um seminário realizado nesta segunda-feira pelo BNDES para dar um recado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente do banco estatal reclamou das especulações de que estaria de olho na vaga do ministro. Negou textualmente qualquer pretensão de substituir o colega. Mas não perdeu a oportunidade de avisar que vai continuar dizendo o que bem entender. Mesmo que o assunto esteja sob o guarda-chuva do colega.
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“Estamos aguardando o novo arcabouço fiscal. O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações que são publicadas. Nós não estamos aqui por outra razão. Nós não temos a expectativa de substituir ninguém, muito menos de competir. Agora, nós não nos peçam para deixar de dizer o que nós pensamos e ajudar o governo a acertar, a encontrar o melhor caminho, a buscar as melhores práticas”, disse Mercadante.
Isso porque pegou mal o presidente do BNDES organizar um seminário para discutir, entre outros temas, a nova regra fiscal. Ainda por cima, na semana em que o ministro corre contra o relógio para ganhar aval do governo para a proposta que vai substituir o teto de gastos. A mais pura definição de fogo amigo.
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