A questão da habitação na Espanha está se tornando um problema novamente. A raiva pós-pandemia para comprar casa derivou em um estoque quase inexistente que elevou os preços, principalmente nas grandes capitais, tanto para venda quanto para locação.

E claro, com a inflação que estamos vivendo, os preços esquentaram mais, além da alta das taxas, que vai colocar mais pressão nas hipotecas. Resultado: um mercado que Tornou-se impossível para a grande maioriaquem tem que ver como a ideia de comprar ou alugar uma casa é cada vez mais difícil e só cabe nos bolsos abastados.

Mas se isso soa forte para você, você não tem ideia do que está acontecendo no Canadá. Bem, nem os canadenses sabem, porque tentar comprar uma casa lá é basicamente impossível se você não tiver muitos zeros na conta. Mas muitos.

Especificamente, comprar uma casa no país norte-americano custa em média 475.000 euros. Um valor que poucos podem pagar e que vem sendo alcançado pelas contínuas altas de juros realizadas por seu Banco Central.

Situação que se vai agravar num futuro próximo com as novas subidas das taxas de juro que praticamente todos os bancos centrais do mundo estão a fazer.

O Canadá não é um lugar para pobres

Especificamente, o preço da habitação no Canadá ea fica com 60% da renda familiaruma quantia exorbitante e a maior desde o recorde de 1957 alcançado na década de 1990.

Estamos a falar de preços 50% superiores aos dos vizinhos Estados Unidos, e que aí o seu rendimento disponível é 10% superior, o que coloca os cidadãos em sérias dificuldades para conseguir casa própria. Sim, eles também sofreram aquela loucura coletiva de lá por comprar um imóvel quando acabou a pandemia. E nestes eles olham agora…

Algo que torna esse mercado pouco atrativo para o investidor americano, um vizinho que pode pensar que vai passar o verão ou se aposentar. Não é nada lucrativo.

E se compararmos com o resto da Europaestamos na mesma, o Canadá é onde estão os preços mais altos, como pode ser visto no gráfico abaixo feito pela OCDE.

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Mas até quando essa situação vai durar? Bem, ainda permanece, porque a expectativa é que os preços comecem a corrigir em 2023, mas numa faixa de 5% a 15%. Uau, uma queda suave. Será preciso ver se a inflação está dando trégua e os juros baixando, mas no momento o panorama é inviável.