Déficit de R$ 41 bilhões é o maior para o mês desde 1997, de acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional

PixabayNotas de 10, 20, 50 (a maioria) e 100 reais sobrepostas
Governo federal vai anunciar na próxima semana um novo marco para parcerias público-privadas

As contas do governo federal tiveram um rombo de R$ 41 bilhões em fevereiro. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a receita líquida foi de R$ 102 bilhões, contra R$ 143 bilhões em despesas no mês. Este é o pior resultado da série histórica iniciada em 1997. Em janeiro, as contas do governo tiveram superávit de R$ 78,3 bilhões. Ou seja, no acumulado do ano o saldo ainda é positivo, na casa dos R$ 38,3 bilhões. No entanto, a previsão para 2023 é de um déficit total de R$ 107,6 bilhões. Nesta quinta-feira, 30, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o rombo pode ficar em R$ 50 bilhões graças a medidas que devem ser anunciadas pelo governo em abril, como o arcabouço fiscal. Para 2024, o objetivo da equipe econômica é zerar o déficit das contas públicas. Já em 2025 e 2026, a expectativa do governo é de superávit de 0,5% e 1% do PIB, respectivamente. Ceron também afirmou que o governo federal vai anunciar na próxima semana um novo marco para parcerias público-privadas (PPPs).

“A gente avisou que vai soltar um pacote que estava no nosso radar de tentar modernizar o arcabouço de PPPs para destravar investimentos de uma forma mais inteligente, alavancar e potencializar. Na semana que vem vamos anunciar e a gente vai seguindo esse curso de uma forma bem responsável e sem prometer aquilo que não pode ser entregue”, declarou o secretário do Tesouro Nacional. A ideia é que a União seja garantidora das PPPs feitas por Estados e municípios. O objetivo é tentar destravar a chegada de investimentos.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha