Executivos de grandes marcas também participaram do evento promovido nesta quinta-feira em São Paulo

Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhãpreside nte executivo do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário. Luiz Lara
preside nte executivo do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário. Luiz Lara

Desafios para o futuro em um setor que permanece em crescimento. Foi com esse debate que publicitários das principais agências do país e executivos de grandes marcas se reuniram na capital paulista, no Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, em São Paulo, nesta quinta-feira, 30. O presidente executivo do Cenp, Luiz Lara, destaca a importância desse nicho da economia, que movimenta a comunicação e o consumo do Brasil: “Nós somos a indústria da liberdade, nós podemos trazer os recursos da publicidade, permitir que emissoras de rádio, televisão, portais de internet, plataformas digitais, mídia exterior, jornais e revistas possam crescer e investir na qualidade de entretenimento e na independência do conteúdo jornalístico. Como é que a gente pode permitir que o grande não engula o pequeno? Como é que a gente pode criar condições para manter a competitividade acirrada desse mercado, em benefício do consumidor? Porque a publicidade não obriga ninguém a comprar. Mas, quanto mais bem informado estiver o consumidor, melhor será a sua escolha por um produto ou serviço, por uma marca”.

A percepção é que a jornada do consumidor mudou ao longo dos últimos anos, e a publicidade é responsável por fazer o elo com as marcas. O diretor de marketing e canais de relacionamento do Bradesco, Alexandre Nogueira, indica a necessidade de adaptação aos novos tempos e tecnologias para tornar ainda mais próxima a relação com os consumidores. “Acho que tem desafios importantes que precisam ser aproveitados, de você conseguir chegar ao consumidor de várias formas diferentes. Quando você tem muitas possibilidades e muitos canais e muitas plataformas tem o desafio de você se tornar cada vez mais relevante, para que ele entenda a sua mensagem e absorva. Todo dia, a gente tem estudado, escutado, transformado, tentando fazer com que isso se transforme em ações para chegar mais perto do consumidor e aproveitar esse momento das tecnologias a favor”, diz.

O ministro das Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, considera o setor estratégico para a economia, e enviou um recado aos players da publicidade. Para ele, a integração do governo com a iniciativa privada é fundamental para aprimorar a comunicação. “Tem uma importância estratégica para nossa economia e para o nosso país. Contem conosco. Queremos reforçar essa parceria, cada vez mais trabalharmos na perspectiva de um projeto de justiça social e de uma comunicação de qualidade para o nosso país”, comentou.

Um estudo de uma consultoria voltada a esse campo revela que, a cada R$ 1 investido em publicidade, R$ 8,50 retornam à economia. O setor abriga 450 mil empregos e, de acordo com as maiores agências do Brasil, o investimento na área é superior a R$ 21,2 bilhões por ano. A diretora executiva do Cenp, Regina Augusto, indica que a área está em plena expansão após o duro período da pandemia: “Novas empresas surgindo. Vocês mesmos, como Jovem Pan, exploram outras plataformas. Eu acho que isso abre uma oportunidade. A verba de marketing dos anunciantes está se expandindo para coisas que tenham mais fragmentação e uma segmentação que faça sentido na ponta”. A tendência é que os agentes do mercado publicitário explorem, cada vez mais, a convergência regional, respeitando as peculiaridades de cada região e seus hábitos de consumo.

*Com informações do repórter Daniel Lian