Durante entrevista concedida a delfosuma agência de notícias da Letônia, Cristina Lagarde explicou qual será a receita do Banco Central Europeu contra oinflação galopando na zona do euro. De fato, não é só a Itália que está sendo atingida pelo aumento dos preços e pela perda do poder de compra dos cidadãos. Todo o Velho Continente sofre as pesadas consequências da recuperação pós-Covid e da guerra na Ucrânia.

Dois factores que, em conjunto, têm conduzido a uma situação de crise, com o aumento dos preços da energia e das matérias-primas, sobretudo alimentares, que se repercutem em efeito dominó sobre todos os bens e serviços. A receita para a UE será uma morder amargoconsiderando que agora muitos países, incluindo a Itália, estão à beira de uma recessão técnica.

A receita de Lagarde (BCE) para travar a inflação na Europa

O presidente do BCE declarou que o banco central terá de continuar a aumentar as taxas de juros para combater a inflação, apesar do risco de uma recessão iminente. A inflação, explicou, ainda é muito alta em toda a região. E os aumentos de preços não são afetados.

São os preços de matéria energia a principal causa dos aumentos de preços que se espalharam para todos os setores e todas as cadeias de abastecimento. Assim, os custos de produção aumentam para todas as fábricas, que para recuperar as despesas são obrigadas a aumentar os preços dos bens e serviços, mesmo os necessários para fabricar e oferecer a outros, num turbilhão de aumentos que devem ser interrompidos o mais rápido possível.

Para enfrentar a difícil situação dos países europeus, Christine Lagarde e a liderança do BCE decidiram aumentar as taxas de juros novamente na semana passada. E eles vão fazer isso de novo, para garantir que a inflação possa voltar para a meta de médio prazo de 2% em tempo hábil.

O BCE vai voltar a aumentar as taxas de juro: o que acontece agora

A presidente do Banco Central Europeu sublinhou durante a sua entrevista ao delfos que a probabilidade de um recessão aumentou e que oincerteza continua muito alto. Nestas circunstâncias, porém, “todos temos de fazer o nosso trabalho” e o BCE “deve concentrar-se no seu mandato”.

Explicando que a missão do banco central é justamente estabilizar preços, e para o conseguir será necessário utilizar “todas as ferramentas de que dispomos”, escolhendo as mais adequadas e eficientes. Em conclusão, Christine Lagarde sublinhou que taxas de inflação persistentemente elevadas são mais prejudiciais para a sociedade porque “tornam todos mais pobres”.

Preços estáveis, por outro lado, “fornecem a base” para o que o banco definiu como “uma economia que funciona bem” do qual todos podem se beneficiar. Na prática, porém, taxas de juros mais altas também significarão encargos mais altos para empréstimos e hipotecas, com os bancos nacionais cada vez mais propondo Táxi variáveis e suscetível a mudanças de cima.

Já falamos aqui sobre o novo movimento do BCE nas taxas de juros. O aumento já levou a aumentos nas hipotecas de taxa variável, conforme explicado aqui, que representam uma verdadeira dor de cabeça para os poupadores italianos. Aqui os mais afetados.