O alarme já havia disparado meses atrás. A 1 de janeiro de 2023 deveria terminar a proteção ao fornecimento de gás aos agregados familiares. Por esta razão, as associações de consumidores têm mobilizado-se para pedir ao Governo uma prorrogação. As tarifas do mercado livre eram de fato significativamente mais altas do que as do mercado protegido. Com o decreto quaternário de Aiuti aprovado no último Conselho de Ministros, algo realmente se moveu na direção proposta, entre todos, por Assoutenti.

Mercado protegido e mercado livre: diferenças nos preços do gás

Com base no último acompanhamento das ofertas do portal de ofertas Arera, a Assoutenti constatou que, com contratos de gás a preço fixo (ou seja, com tarifas fixas por um determinado período de tempo), uma família média, com um consumo de 1.400 metros cúbicos padrão, paga mais de 5.000 euros em contas. Custo que sobe no mercado livre, em mais de 166%, ou mais 3.000 euros. A diferença é reduzida para os contratos de preço variável, que custam 23,8% a mais no mercado livre.

Apenas 3,1% das 572 ofertas do mercado livre no portal Arena são mais baratas do que no mercado protegido. Existem apenas 18 contratos, dos quais 12 a preços variáveis ​​e 6 a preços fixos.

Perante o fim da proteção, inicialmente previsto para 1 de janeiro de 2023, a associação de consumidores pediu ao Governo que tivesse em conta esta enorme lacuna e o problema de ter de deixar as famílias entrarem num mercado livre onde os tarifários e condições económicas são geralmente mais desvantajoso e decididamente mais caro.

A prorrogação no quater dl Aiuti: quando termina agora o regime de proteção?

O apelo, dirigido à primeira-ministra Giorgia Meloni e ao ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética, Gilberto Pichetto Fratin, era, portanto, para incluir uma extensão do regime de gás protegido no decreto quater de Aiuti, pelo menos até janeiro de 2024, como já é previsto para o da eletricidade. Tudo com o objetivo de “salvar famílias e empresas dos custos insustentáveis ​​do livre mercado”, como destaca Furio Truzzi, presidente da Assoutenti.

O pedido foi bem-sucedido, e o governo realmente se moveu nessa direção, para evitar a picada que poderia atingir muitos italianos a partir do final do próximo mês. O mercado protegido, previsto no novo decreto-lei, vigorará até 10 de janeiro de 2024.

Entre as medidas contidas no documento, que explora todo o tesouro de 9,1 mil milhões de euros certificado pelo Nadef, que incide sobre a crise energética, contam-se ainda o alargamento dos créditos fiscais e do desconto da gasolina, o parcelamento de faturas para as empresas, o aumento em benefícios marginais (aqui a nossa análise aprofundada sobre o último aumento esperado) até 3 mil euros por ano, o desbloqueio das perfuratrizes (aqui o plano do Executivo para extrair gás em Itália).

Aqui estão todas as outras decisões do governo incluídas no decreto quater Aiuti, como a extensão do corte nos impostos especiais de consumo sobre a gasolina e o crédito fiscal para as empresas. No documento também há uma alteração importante para o Superbônus 110%, que passa a ser 90%, conforme explicado aqui.