Abordagem direcionada e prudencial. As palavras usadas pelo podem ser resumidas assim Ministro da Economia Giancarlo Giorgetti na apresentação de Projeto de Plano Orçamentário (PDO) enviado a Bruxelasque atualiza a versão aprovada pelo governo Draghi em 10 de outubro, na qual as projeções macroeconômicas e de finanças públicas foram revisadas, adiando a tarefa de desenvolver o cenário programático para o novo governo Meloni.

“Não é preciso dizer que estamos passando por um fase de graves dificuldades económicas e sociais e de grande incerteza em relação ao contexto geopolítico”, explica Giorgetti. EU’custo crescente de energia “ameaça a sobrevivência dos nossos negócios, não só nos setores intensivos em energia, mas também nos serviços. Famílias são duramente atingidas pela forte aumento da inflaçãoenquanto os salários crescem a um ritmo muito moderado”.

É por isso que se “impõe” continuação e reforço do apoio às empresas e famílias, tornando-o ainda mais “orientado, incisivo e diferenciado”. Isto – prossegue o ministro – para que os recursos orçamentais sejam gastos com sabedoria e, ao mesmo tempo, não se criem situações de forte desvantagem competitiva em detrimento das empresas italianas e não se agravem a pobreza e as carências sociais.

Aqui os produtos para os quais o IVA foi reduzido para 5% E aqui todos os Bônus de Manobra: de contas a cartões sociais.

As previsões econômicas para a Itália em 2023, 2024 e 2025

O novo quadro de planeamento das finanças públicas baseia-se previsões macroeconômicas conservadorasconstruído com base em uma revisão em baixa da projeção de tendência anterior.

A economia italiana sofrerá um ligeiro decréscimo no final do anomas então espera-se crescimento moderadod sobre lo 0,6% para o PIB real, também em 2023, para depois acelerar em 2024, atingindo quase 2%.

O Governo espera também uma redução gradual do déficit da administração pública, que passará de 5,6% do PIB estimado em 2022 para 4,5% em 2023, 3,7% em 2024 e 3% em 2025.

Perante o pagamento de juros, que se prevê que flutuem em torno de 4% do PIB, a redução do défice será conseguida graças a uma melhoria do saldo primário, líquido de juros, explica Giorgetti, de modo a voltar a colocá-lo em níveis positivos valores a partir de 2024. Neste cenário, o rácio da dívida pública bruta em relação ao PIB diminuirá cerca de 9 pontos percentuaisde 150,3% registrados em 2021 para 141,2% em 2025.

Manobra, o que significa uma abordagem direcionada e temporária

Os objetivos programáticos das finanças públicas foram submetidos ao escrutínio da Assembleia da República, que a 9 de novembro aprovou as deliberações relativas ao Relatório e à Nota de Atualização do Documento Económico e Financeiro revisto e integrado.

De acordo com a nova meta de endividamento líquido, o Manobra orçamental para 2023 pode contar com recursos orçamentais adicionais iguais a 1,1% do PIB em comparação com o atual quadro legislativo.

Esses recursos serão inteiramente dedicados a combater os altos preços da energia e o aumento dos preços. As intervenções que o Governo tem vindo a adotar e que vão constar da próxima Manobra caracterizam-se por uma abordagem direcionada e temporária – Giorgetti usa a expressão “direcionado e temporário” – em linha com as recomendações que a Comissão Europeia, ao dar início ao Semestre Europeu de 2023, dirigiu aos países da zona euro.

A abordagem direcionada Isto significa que, embora a política de mitigação dos custos energéticos se dirija a todos os cidadãos e a todas as empresas, uma parte significativa dos recursos alocados visa apoiar os segmentos mais débeis da população e as empresas que mais dificuldades se encontram, não podendo traduzir os fortes aumentos de custos sobre os preços, face à concorrência internacional que beneficia de menores custos de energia e materiais.

Temporário vai sublinhar que o Governo se compromete a reduzir e depois eliminar as ajudas e os cortes fiscais assim que os preços do gás natural, da energia e dos combustíveis voltem aos níveis do período pré-crise.

Aqui todas as medidas aprovadas na manobra orçamentária de 35 bilhões de 2023

Manobra: “Boa gestão e relançamento do crescimento”

A Lei do Orçamento para 2023 contém ainda inúmeras medidas de política económica coerentes com a estratégia de médio prazo do Governo: medidas que, com cobertura autónoma – garante-nos Giorgetti – não terão um impacto negativo no endividamento líquido.

Porque o objetivo do Executivo é encontrar “um equilíbrio entre a boa gestão das finanças públicas e a retoma do crescimento económico de forma sustentávelacreditando que isso também pode produzir efeitos positivos sobre o diferencial de rendimento dos títulos do governo”.

Em linha com o governo Draghi anterior, pelo menos por enquanto, o Governo pretende confirmar a implementação do PNRR, pressionando-o apesar dos muitos problemas, a começar pelo aumento dos preços dos materiais e das obras públicas. A Manobra também encontra espaço para recursos específicos nesse sentido.

“A implementação do PNRR dará um forte impulso ao crescimento quantitativo e qualitativo da economia italiana, contribuindo também para melhorar a sustentabilidade da dívida pública”, afirma o ministro.

No final de março, face à preparação do Programa de Estabilidade 2023, o Governo vai reavaliar a situação e, se necessário, implementará novas medidas para combater os elevados preços da energia, priorizando as receitas adicionais e poupanças de custos que possam surgir nos primeiros meses do ano.