Nem faz tanto tempo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato, bradou em rede nacional que o agronegócio brasileiro é “fascista” e “direitista”. A declaração gerou polêmica e repúdio por parte de diversos agentes do mercado. Com três meses de governo, no entanto, isso parece ter ficado no passado. Lula irá embarcar nos próximos dias para China, maior parceiro comercial do Brasil. Entre as mais de cem pessoas que irão compor a comitiva do presidente, a imensa maioria representa o agro brasileiro.
A comitiva contará com nomes polêmicos e desconhecidos do grande público. No primeiro grupo estão os irmãos Batista, que chegaram a ser presos por esquema de corrupção. Há também representantes de diversas entidades do mercado, como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Mas também haverão executivos de empresas de maior ou menor porte, como Marfrig, Minerva, BRF, Frigol, Frigorífico Astra, entre outros. Chamou a atenção também a presença de representantes da Universidade Brasil, presos em 2019 durante a operação Vagatomia, que investiga a venda de vagas no curso de medicina da universidade em Fernandópolis (SP).