Empresa recebeu um ofício da União em que substituiu o nome de Carlos Eduardo Santos, ligado aos usineiros, por Efrain Pereira da Cruz, do Ministério da Justiça

Fernando Frazão/Agência BrasilFachada da Petrobras
Fachada da sede da Petrobras, que fica na cidade do Rio de Janeiro

O Governo Federal alterou novamente um dos nomes na lista de indicados para o Conselho de Administração da Petrobras. O motivo provavelmente são as disputas políticas pelas cadeiras no colegiado mais importante da estatal. A empresa recebeu um ofício da União em que anunciava a substituição do nome de Carlos Eduardo Santos, ligado aos usineiros, por Efrain Pereira da Cruz, que é professor e membro do Conselho Nacional de Defesa do Consumidor (CNDC), do Ministério da Justiça. O novo indicado também é ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No início do mês, houve outra mudança na lista de indicados. A troca do nome do especialista em petróleo e gás, ex-secretário do Estado do Rio de Janeiro e ex-presidente da Cedae, Wagner Victer, por Bruno Moretti, que atualmente está na Secretaria Especial de Análise Governamental da Presidência da República. A Petrobras também adiou a assembleia-geral de acionistas, na qual a pauta é relacionada às escolhas dos novos conselheiros.

A reunião seria no dia 13 de abril e passa a ser no dia 27 do mesmo mês. As indicações estão cercadas de uma batalha política e há reclamações de dentro de de fora do governo. Uma das críticas de membros do governo defende a indicação de nomes alinhados com o CEO da estatal, Jean Paul Prattes. Já a Federação Única dos Petroleiros (FUP) alega que há um forte indício de influência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nas indicações para o Conselho de Administração e que certos nomes estariam supostamente ligados ao bolsonarismo.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga