Depois da polêmica reoneração dos combustíveis que provocou bastante volatilidade nos mercados e agitou as alas política e econômica do governo, os holofotes se voltam para a reforma tributária e para a nova âncora fiscal do país, que vai substituir o antigo teto de gastos. Os governadores do Sul e do Sudeste emitiram uma carta em apoio à reforma tributária e já adiantaram um pedido de revisão da dívida dos estados nesse pacote. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em evento que o ambiente para aprovação da reforma é positivo, mas que o texto a ser aprovado não será o ideal para todos porque cada setor da economia deseja a sua própria reforma. No âmbito fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer apresentar a proposta de nova âncora fiscal do país antes da próxima reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), marcada para o próximo dia 22. O objetivo é mandar um recado de que o governo tem compromisso com a responsabilidade fiscal e que, de quebra, merece um voto de confiança, que pode ser traduzido em cortes nos juros.
Nos mercados, as bolsas asiáticas e europeias, assim como os futuros americanos e brasileiro, negociam sem direção única na manhã desta segunda-feira, 6. Os investidores aguardam pela sabatina do presidente do banco central americano, Jerome Powell, no Congresso local. No Brasil, a última edição do boletim Focus mostrou estabilidade nas projeções de inflação e Selic no curto prazo. Apenas o IPCA de 2026 foi reajustado em 0,02%, enquanto a taxa Selic avançou para 8,75% para o mesmo ano.