Para arcar com as mudanças no Bolsa Família, equipe do governo deve propor cortes nas despesas, inclusive no contexto das Forças Armadas. Confira mais detalhes.

Corte Forças Armadas para Bolsa Família: enquadramento em rostos de soldados do exército brasileiro

Desde o ano passado, o governo já estava estudando meios para aprimorar o Bolsa Família. – Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Para bancar a reformulação no Bolsa Família de 2021, a equipe econômica do governo deverá propor uma série de cortes nas despesas dos ministérios. A estratégia, conforme apurações do Jornal O Globo, visa remanejar recursos pouco eficientes e mal aproveitados, incluindo alguns gastos associados com as Forças Armadas.

Ao que tudo indica, técnicos do Ministério da Economia também querem cortar as despesas de iniciativas sociais, como o seguro-defeso. Esse benefício, atualmente, destina-se para pescadores artesanais. A revisão do abono salarial PIS/Pasep, em contrapartida, não parece estar nos planos da equipe econômica – pelo menos até o momento.

Ainda conforme apurações do Jornal O Globo, o Ministério da Cidadania pretende trabalhar para que o novo Bolsa Família seja anunciado ainda em julho de 2021. A estimativa é de que a reformulação do programa seja aprovada no mês de outubro para que, assim, as mudanças entrem em vigor e comecem a ser aplicadas no início de 2022.

Novo Bolsa Família: valores e benefícios

Desde o ano passado, o governo já estava estudando meios para aprimorar o Bolsa Família. Muitas ideias foram cogitadas ao longo dos debates internos, como até mesmo a substituição do programa por um completamente novo. Entretanto, o plano mais bem aceito pelo governo diz respeito à reformulação do Bolsa Família.

O presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (16/06), afirmou que os valores das parcelas médias vão provavelmente passar por um reajuste. Em entrevista para a SIC TV, de Rondônia, ele explicou que os beneficiários deverão contar com pagamentos mensais de R$ 300 em vez de R$ 192. A medida está prevista para ser adotado em dezembro.

“Tivemos uma inflação durante a pandemia no tocante aos produtos da cesta básica em torno de 14%. Sei que teve item que subiu até 50%, sabemos disso. E o Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro. Para sair em média de 190 para, um pouco mais de 50%, seria 300 reais. É isso que tá praticamente acertado aqui”, informou Bolsonaro durante a entrevista.

Além disso, vale lembrar que alguns benefícios adicionais já foram mencionados pela equipe do governo em ocasiões passadas. Confira algumas delas, que podem ser incluídas no novo Bolsa Família:

  • Inclusão de 300 mil novas unidades familiares na base de dados do Bolsa Família;
  • Auxílio-creche mensal de R$ 52 por criança;
  • Auxílio-creche mensal de R$ 200 para as mães inscritas no programa Bolsa Família;
  • Incentivo para beneficiários que queiram seguir no setor de micro e pequeno empreendedorismo;
  • Prêmio anual de R$ 200 para estudantes com os melhores desempenhos escolares;
  • Bolsa mensal de R$ 100, além de prêmio anual de R$ 1.000, para os estudantes que se destacarem em esportes e C&T (Ciência e Tecnologia).
Bruno Destéfano

Redator

Nasceu no interior de Goiás e se mudou para a capital, Goiânia, no início de 2015. Seu objetivo era o de cursar Jornalismo na UFG. Desde o fim de sua graduação, já atuou como roteirista, gestor de mídias digitais, assessor de imprensa na Câmara Municipal de Goiânia, redator web, editor de textos e locutor de rádio. Escreveu dois livros, sendo um de ficção e outro de não-ficção. Também recebeu prêmios pela produção de um podcast sobre temas raciais e por seu livro-reportagem “Insurgência – Crônicas de Repressão”. Atualmente, trabalha como redator web no site “Concursos no Brasil” e está participando de uma nova empresa no ramo de marketing digital.

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